segunda-feira, 13 de abril de 2009

Chuvas

Manhã de chuva nesta segunda-feira (13) e, como sempre, vários pontos da cidade ficam intransitáveis. A Avenida Norte mesmo se transforma em um rio.

Mas o pior mesmo está nos morros. Grande parte da população que vivem na região da Zona Norte do Recife, convive com este risco. Principalmente aqueles que vivem nos altos. Resta apenas tomar todas as precauções com o local e havendo qualquer possibilidade que desabamento, se retirar do local imediatamente.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Iron Maiden in Recife V






Luciana Ourique






Show histórico do Maiden atrai 18 mil pessoas no Recife

 
Por Tárcio Fonseca
Repórter de Informática

O último dia do mês de março de 2009 foi marcado pelo maior mar de camisetas pretas já visto em Pernambuco. Para o delírio de um público formado por cerca de 18 mil pessoas, o Iron Maiden fez seu primeiro, e já histórico, show no Recife dentro de uma carreira de sucesso que já dura mais de três décadas. No contexto de evento, é bom ver que ainda existe a possibilidade de fazer um show grande de rock aqui em Pernambuco e atrair gente com isso. Tudo bem que Iron Maiden é uma banda gigante que invoca dezenas de milhares de fãs por onde quer que passe, mas incluir o Recife na sua turnê internacional é mais um passo para recolocar a cidade na rota dos grandes shows importados.
Indo para o show em si, o que se vê no palco é uma banda extremamente profissional, que sabe o que seu público quer e entrega a encomenda exatamente do jeito que ela foi pedida. E a turnê Somewhere Back in Time Tour que passou, ontem (31), pelo Recife é prova disso. Nela, a clássica banda de heavy metal toca apenas os sucessos lançados durante a década de 80, considerada a era de ouro do Iron Maiden. Existe apenas uma exceção aberta para Fear of the Dark, música do álbum de mesmo nome lançado em 1992, que tornou-se um dos, senão o maior, sucesso comercial do grupo.
Em pouco mais de 1h40 de show, o Iron disparou sucesso atrás de sucesso, fazendo fãs de todas as idades – pais, filhos, avôs e netos – cantarem junto, se emocionar, chorar, gritar ou fazer tudo o que um evento catártico como o que foi ontem dá direito. O set list foi o mesmo apresentado no show de São Paulo, sem mudança alguma da ordem das músicas ou improvisos. O destaque das que mais empolgaram os presentes ficou para Run to the Hills, Fear of the Dark (com todo coro) e a música Iron Maiden, que trouxe consigo a presença de um Eddie gigante para o palco. O fãs puderam conferir, na ordem:

Intro: Churchill Speech - Aces High, 2 Minutes to Midnight, Wrathchild, Children of the Damned, Phantom of the Opera, The Trooper, Wasted Years, Rime of the Ancient Mariner, Powerslave, Run to the Hills, Fear of the Dark, Hallowed be Thy Name, Iron Maiden, Number of the Beast, The Evil that Men Do e Sanctuary.
Bruce Dickinson foi um maestro da plateia no palco, interagindo com simpatia com o público, levantando os presentes, correndo de um lado pro outro, trocando figurino e mostrando uma potência vocal invejável. Do alto dos seus 50 anos, Bruce passa a impressão de ter fôlego para agüentar ainda mais 30 anos como vocalista do Iron Maiden. Durante a apresentação ele prometeu um novo álbum de estúdio do Iron para 2010 e a volta ao Brasil em nova turnê em 2011.
A estrutura de palco foi muito boa, apesar de ser menor do que a apresentada em São Paulo. A pirotecnia, luzes e efeitos trouxeram a teatralidade que um show do Iron Maiden pede. O som também esteve muito bom durante toda a apresentação, apesar de algumas pessoas reclamarem que estava um pouco baixo. A pontualidade foi seguida, com o show começando pouco depois das 21h e terminando alguns minutos antes da meia noite. O Jockey Club também mostrou-se um local acertado para grandes espetáculos quando bem organizado. Ponto para a Raio Lazer, produtora do evento que disponibilizou bares, locais de alimentação e banheiros suficientes para a multidão de pessoas que compareceram.
Entretanto, apesar de toda a grandiosidade, do dever cumprido por parte da banda, da organização do show e da felicidade dos fãs que finalmente puderam conferir o Iron Maiden no Recife, cabe aqui uma crítica que tem mais a ver com meu incômodo pessoal sobre o cenário musical que permeia todo esse início de século. Até quando as bandas antigas terão que se canibalizar para conseguir novamente o sucesso de outrora? O Iron Maiden precisava mesmo fazer uma turnê extensa como esta só mostrando uma década dos mais de 30 anos que compõe sua história? E os discos dos anos 90? E os que saíram após o ano 2000? Por que a fórmula Back in Time consegue empolgar mais do que um repertório normal?

Mas o Iron Maiden não é um caso isolado. Ainda dentro do metal um outro bom exemplo é o Metallica, que teve que voltar com um som mais próximo ao que fazia nos anos 80 para ganhar novamente a aprovação de público e mídia. O álbum Death Magnetic representou uma volta às origens de um thrash metal mais reto e tradicional, diferente da pegada stoner e hardcore do injustiçado St. Anger. Não que o Death Magnetic seja ruim, pelo contrário, mas era mesmo necessário fazer um disco assim só pra agradar o saudosismo dos fãs?

Enquanto isso, novas bandas vão surgindo sem ganhar a atenção merecida do grande público do metal. Uma delas é a norte-americana Mastodon, grupo que lançou seu primeiro disco de estúdio em 2002 e que, de lá pra cá, já soma quatro álbuns excelentes, mostrando um som que é um misto de stoner metal, thrash, sludge e metal progressivo. Inclusive, a banda acabou de lançar no final de março o disco Crack the Skye, que tem como tema a vida e influência do místico Grigori Yefimovich Rasputin na sociedade russa.
Do lado de cá temos o Elma, banda paulistana de metal instrumental que já se apresentou duas vezes no Recife para um pequeno, mas interessado, público que compareceu ao festival No Ar: Coquetel Molotov de 2007 e ao show no Burburinho Bar no ano passado. O Elma mescla influências que vão do Melvins, Sepultura e Neurosis, até bandas como Sonic Youth e Fugazi, e entrega como resultado um som barulhento, pesado e intrincado. Um ótimo exemplo de como injetar experimentalismo e novidade dentro de um som (o metal) considerado, por muitos, datado.

Iron Maiden in Recife IV


Iron Maiden faz o Recife tremer

O aguardado show da banda inglesa Iron Mainden fez a capital pernambucana tremer por volta das 21h15 de ontem, quando os seis cinquentões, esbanjando vigor, subiram ao palco montado no Jockey Club do Recife. Acordes pesados e histeria do público deram o tom do início da apresentação que durou 1h50min. No final, com o público ainda êxtase, o vocalista Bruce Dickinson prometeu que a banda voltará ao Brasil com uma nova turnê em 
2011. Ano que vem, eles gravarão um novo álbum com músicas inéditas.

Antes, ainda rolou um aperitivo. Pontualmente às 20h, teve início o 
show da cantora inglesa Lauren Harris - filha do baixista da banda principal da noite, Steve Harris -, que durou menos de 30 minutos e não chegou a empolgar. Do lado de fora, trânsito engarrafado, mas tudo dentro do esperado, sem mais confusões. Na saída, pouco 
depois das 23h, o clima de tranquilidade se repetiu. 

A multidão, composta por cerca de 25 mil fãs vindos de todas as 
partes do Nordeste, só vibrou mesmo quando o sexteto surgiu. Entre os metaleiros de plantão, os amigos Leandro Stelitano e Marcelo Cavalcante, que vieram diretamente de Salvador para curtir o show: "Somos fãs dos caras há mais de 20 anos. Gastamos cerca de R$ 1 mil, cada, com passagens, hotel e ingressos para a pista premium, mas valeu a pena. Já tinha ido a duas apresentações deles no Brasil, uma no Rio e outra em São Paulo, mas é importante 
prestigiar a vinda deles ao Nordeste", destacou Leandro.

No palco, o vocalista Bruce Dickinson foi o destaque, trocando 
de roupa várias vezes, surpreendendo inclusive ao encarnar um soldado britânico do século 19 durante a marcial The Trooper. Os guitarristas Adrian Smith, Dave Murray e Janick Gers, assim como o baixista Steve Harris, também continuam encarnando com perfeição a essência do heavy metal. Já o baterista Nicko McBrain é o mais simpático, recebendo um carinho especial da platéia. O repertório formado por 16 músicas, praticamente todas da primeira fase da banda (1980-1988), agradou em cheio. Da abertura com a catártica Aces High até a conclusão com Sanctuary (pérola ressuscitada do primeiro disco, o auto-intitulado Iron Maiden) os muitos decibéis distribuídos 
pelo grupo tomaram conta do espaço. 

O cenário foi outro destaque, reproduzindo temas do Egito Antigo, 
uma referência direta à turnê mundial do disco Powerslave, de 1985. E o ponto alto veio com a aparição do monstro Eddie the Head, mascote da banda desde os primeiros tempos. Ele se mostrou como uma espécie de ciborgue de quatro metros de altura, caminhando pelo palco enquanto os artistas desfiavam a música tema Iron Maiden. (Tarcísio Ferraz)

Iron Maiden in Recife III



» IRON MAIDEN

Um show para ficar na história
Publicado em 01.04.2009

Wilfred Gadêlha

wgadelha@jc.com.br

Foi um show com direito a choro, palmas e coro. O Iron Maiden fez do recital mais esperado de todos os tempos do Recife uma verdadeira confraternização do metal. Sem sair do repertório que já tinha tocado desde o começo da turnê Somewhere Back in Time, conseguiu levantar o Jockey Clube lotado. O vocalista Bruce Dickinson terminou o show prometendo voltar ao Brasil em 2011. E, após a apresentação, o público foi embora ao som de Look on the bright side of life, do grupo britânico Monty Pyton.

O início da apresentação fez os fãs mais fervorosos – ou mais antigos – lembrarem do antológico álbum ao vivo Live after death (1985, da mesma turnê que trouxe o Iron Maiden pela primeira vez ao Brasil, no Rock in Rio): ruídos de bombardeiros, o discurso nacionalista do primeiro-ministro britânico Winston Churchill na época da Segunda Guerra Mundial e o tijolaço chamado Aces high. Os músicos correm de um lado para o outro do palco, comandados pela figura irrequieta do vocalista Bruce Dickinson. O refrão é acompanhado pela multidão.

Sem espaço para muita falação, a banda engata uma sequência para deixar qualquer fã sem fôlego: Wrathchild, Two minutes to midnight e Children of the damned. O vocalista anuncia o dinossauro Phantom of the opera, inspirada no filme da década de 30 e gravada pela banda ainda no disco de estréia, Iron Maiden, em 1980. Os acordes da canção do baixista Steve Harris são entoados pela massa.

Do alto de seus 50 anos ou mais, Dickinson, Harris, Adrian Smith, Dave Murray, Janick Gers e Nicko McBrain parecem ter acabado de tirar a banda de alguma garagem fedida dos subúrbios de Londres. enquanto o baixista repete pela milionésima vez seu idefectível ato de colocar o pé nas caixas de retorno, Gers usa a guitarra como um brinquedo – ora tocando, ora jogando o instrumento para cima. Se Murray e Smith são mais contidos, McBrain faz caras e bocas o tempo todo.

O encerramento do show é com três pedradas dos anos 80. O hit “satânico” The number of the beast faz o Jockey gritar os versos “six, six, six”. A penúltima canção é a rápida The evil that men do. Ao final, a quase discreta Sanctuary.

Iron Maiden in Recife II

Há uma semana o Iron Maiden fazia o show histórico no Recife.
E faz uma semana que não posto nada por causa do corre-corre.

Espero voltar com tudo agora...