terça-feira, 7 de abril de 2009

Iron Maiden in Recife III



» IRON MAIDEN

Um show para ficar na história
Publicado em 01.04.2009

Wilfred Gadêlha

wgadelha@jc.com.br

Foi um show com direito a choro, palmas e coro. O Iron Maiden fez do recital mais esperado de todos os tempos do Recife uma verdadeira confraternização do metal. Sem sair do repertório que já tinha tocado desde o começo da turnê Somewhere Back in Time, conseguiu levantar o Jockey Clube lotado. O vocalista Bruce Dickinson terminou o show prometendo voltar ao Brasil em 2011. E, após a apresentação, o público foi embora ao som de Look on the bright side of life, do grupo britânico Monty Pyton.

O início da apresentação fez os fãs mais fervorosos – ou mais antigos – lembrarem do antológico álbum ao vivo Live after death (1985, da mesma turnê que trouxe o Iron Maiden pela primeira vez ao Brasil, no Rock in Rio): ruídos de bombardeiros, o discurso nacionalista do primeiro-ministro britânico Winston Churchill na época da Segunda Guerra Mundial e o tijolaço chamado Aces high. Os músicos correm de um lado para o outro do palco, comandados pela figura irrequieta do vocalista Bruce Dickinson. O refrão é acompanhado pela multidão.

Sem espaço para muita falação, a banda engata uma sequência para deixar qualquer fã sem fôlego: Wrathchild, Two minutes to midnight e Children of the damned. O vocalista anuncia o dinossauro Phantom of the opera, inspirada no filme da década de 30 e gravada pela banda ainda no disco de estréia, Iron Maiden, em 1980. Os acordes da canção do baixista Steve Harris são entoados pela massa.

Do alto de seus 50 anos ou mais, Dickinson, Harris, Adrian Smith, Dave Murray, Janick Gers e Nicko McBrain parecem ter acabado de tirar a banda de alguma garagem fedida dos subúrbios de Londres. enquanto o baixista repete pela milionésima vez seu idefectível ato de colocar o pé nas caixas de retorno, Gers usa a guitarra como um brinquedo – ora tocando, ora jogando o instrumento para cima. Se Murray e Smith são mais contidos, McBrain faz caras e bocas o tempo todo.

O encerramento do show é com três pedradas dos anos 80. O hit “satânico” The number of the beast faz o Jockey gritar os versos “six, six, six”. A penúltima canção é a rápida The evil that men do. Ao final, a quase discreta Sanctuary.

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