terça-feira, 19 de maio de 2009

Notícias 19/05/09


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Comprar em feirão de imóveis exige cuidados
Publicado em 19.05.2009

O interessado em adquirir casa no evento que será realizado pela Caixa Econômica, entre 15 e 17 do próximo mês, deve buscar informações sobre a construtora e consultar o cartório de registro da obra

Quem pretende comprar imóvel deve ficar de olho nas ofertas oferecidas no Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal, que será realizado no Centro de Convenções, em Olinda. As portas estarão abertas ao público entre 15 a 17 do próximo mês, mas interessados não precisam esperar. O banco disponibiliza no site www.feiraohabitacaocaixa.com.br informações para aquisição e financiamento. São 110 mil unidades em todo o País incluindo usados, novos e em construção. A feira também é uma oportunidade para que as pessoas conheçam empreendimentos que se encaixam no programa Minha Casa, Minha Vida. Mas, para o sonho da casa própria não se transformar em pesadelo, órgãos de defesa do consumidor orientam a guardar orçamentos e rever documentos do contrato antes de fechar o negócio. Buscar informações sobre a construtora e o cartório de registro da obra também evitam problemas futuros.

Segundo a diretora do Procon-Recife, Cleide Torres, o consumidor deve ficar atento a ofertas de imóveis que foram retomados de antigos mutuários por falta de pagamento. “O ideal é verificar na Justiça se existe alguma ação contra a construtora ou contra os proprietários, no caso dos usados”, afirma, acrescentando que o interessado também deve procurar se há restrição de herança, testamento ou penhora dos imóveis. “Certificar-se de que o apartamento ou casa que deseja não tem pendências é o primeiro e mais importante passo para acertar o negócio, já que ninguém quer voltar a pagar aluguel”, comenta.

Cleide Torres ressalta que o cuidado com a escolha deve levar em consideração o terreno. “O Grande Recife tem um histórico de queda de prédios, principalmente os do tipo caixão, o que causa preocupação. Muitos foram construídos irregularmente em áreas de mangue, o que acaba provocando problemas na estrutura. Essa característica também deve ser pesquisada.” Ela orienta ao comprador procurar órgãos, como o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-PE) para fazer essa verificação. “Muitos desses prédios antigos também não tem certidão de habite-se. Por isso a importância de ter toda a documentação em mãos e levantar o registro da construção em cartório.”

Com casamento marcado, a assistente administrativa Elisângela Cordeiro Galindo, 22, não vê a hora de encontrar um apartamento novo. “Estou tentando me cadastrar no site do programa Minha Casa, Minha Vida e já procurei ofertas no site do Feirão da Caixa. Tenho dificuldades para achar um lugar que seja compatível com minha renda, mas acho que vou conseguir”, diz. Inicialmente, Elisângela afirma que está guardando panfletos, anotações e orçamentos feitos durante as negociações para exigir o cumprimento dos vendedores. “Estou juntando toda a documentação daquilo que me interessa.”

De acordo com a diretora do Procon-Recife, a empresa que vende imóvel e a construtora devem colocar no anúncio todas as características de forma clara. “É imprescindível visitar o bem para saber se está em boas condições e conhecer a vizinhança. Se estiver na planta, acompanhe o andamento da construção, visitando a obra”, explica Cleide Torres. Por fim, ela adverte que o consumidor não pode tomar uma decisão precipitada para não colocar em risco o orçamento familiar. “Em período de crise, é arriscado assumir um financiamento de longo prazo sem fazer as contas.”

Em relação aos imóveis dos feirões, eles têm financiamento de até 100% pela Caixa, com pagamento em, no máximo, 30 anos com recursos da poupança ou do FGTS. Nesse caso, a moradia deve estar avaliada em até R$ 130 mil nas regiões metropolitanas e a renda do trabalhador não pode ultrapassar R$ 4.900. Para se enquadrar no Minha Casa, Minha Vida, o teto é de R$ 4.650. Pelo programa, o mutuário tem redução com os gastos de cartório e pode ficar até 36 meses sem pagar a prestação se ficar desempregado e não há cobrança de seguro.

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